domingo, 26 de junho de 2022

A importância da Relação Professor-aluno e o Planejamento educacional na construção da aprendizagem

 A aula precisa ser direcionada para atender a necessidade do discente e para isso ela precisa ser planejada de forma que a relação professor-aluno esteja em equilíbrio. Os alunos vivem muitas dificuldades de ordem social, econômico-financeira, e outras situações que precisam ser compreendidas pelo professor, e entender esta diferença é um grande desafio. Uma forma de identificar as dificuldades do discente é promover aulas participativas, ou seja, que permitem que o aluno seja protagonistas da sua aprendizagem. As aula que apenas reforçam a memorização de conteúdos são centradas no professor e por isso são menos promissoras para integração da relação professor-aluno - vale ressaltar que esta é a maneira antiga usada para a internalização dos conhecimentos. Hoje o professor precisa ser um mediador do processo de ensino-aprendizagem, provocando os alunos a participarem da sua construção pessoal e coletiva por meio de métodos como a sala de aula invertida e seminários. Esta por sinal é a maneira mais adequada de promover o aprendizado, pois garante maior reflexão dos conteúdos em conformidade com a sua própria realidade.

 

Para que o professor participe da construção social e coletiva do aprendizado discente é importante se manter aberto ao diálogo para que as mudanças efetivamente ocorram, para isso a integração é o caminho para que efetivamente as mudanças ocorram. Assim o planejamento docente é um momento no qual o professor refletirá sobre o seu conteúdo e a conexão com a realidade social, econômica e política. Com a mundialização da economia, a educação precisa estar inserida efetivamente no processo de aprendizagem discente. Para isso o ato de planejar viabiliza a melhor organização dos subsídios teóricos e metodológicos em conformidade com os objetivos da aprendizagem. Destarte, o planejamento educacional precisa ser participativo, ou seja, necessita integrar os agente envolvidos e promover autonomia em suas ações.

 

Um planejamento educacional participativo contribuirá para a formação dos alunos de acordo com a realidade na qual estão inseridos. A formação de vínculo produz integração e união para o relacionamento interpessoal colaborativo e de forma respeitosa. O autonomia para a promoção de ações é fundamental para o avanço do planejamento educacional, haja vista que cada indivíduo pode ter uma perceção diferente do seu contexto. Assim o planejamento contribui para a que o docente tome consciência da realidade do discente e, por conseguinte, contribua para a construção da cidadania em cada indivíduo de forma mais efetiva. As dificuldades para cumprir um planejamento podem ser muitas, mas é preciso ter coragem para vencer as adversidades, e isso só será possível se o professor for comprometido, e isso envolve flexibilidade e objetividade para compreender e resolver conflitos. Desta maneira, um planejamento educacional participativo será democrático e unirá as pessoas que fazem parte deste processo.    

 

 Kleydson Feio

domingo, 19 de junho de 2022

A importância do Plano de aula na atividade docente

Durante a minha trajetória docente percebi vários professores não se preparam para a aula, isso porque não entendem a sua importância, e por isso não fazem um plano de aula. O plano de aula tem objetivo de orientar o conteúdo para o público específico, e não, necessariamente, para testar a capacidade do professor para saber se o docentes é capaz de ministrar um conteúdo sem ter se planejado. Este documento auxiliar o docentes em organizar e adequar o processor de ensino-aprendizagem em conformidade com o plano de ensino, Portanto, um plano de aula feito com clareza e objetividade é um excelente instrumento para guiar este processo tanto em relação ao objetivo geral como específico. Ademais é muito importante para acompanhar e avaliar a aprendizagem dos discentes.

sexta-feira, 10 de junho de 2022

A importância da Análise das Demonstrações Financeiras nas Empresas

 A análise das demonstrações financeiras são fundamentais para o desenvolvimento das empresas, pois auxilia nas tomadas de decisão e traz segurança para administradores e acionistas. Além disso a saúde financeira e a capacidade de cumprir os compromissos, são controlados a partir dessa ferramenta. Atualmente muitas empresas vem tendo dificuldades para conseguir se sustentar, e isso se dá por uma serie de fatores, como problemas internos próprios daquela instituição, concorrentes, situação econômica do lugar e outros, porém quando se trabalha com organização, planejamento, controle do fluxo de caixa, ou seja, uma boa administração dos recursos, os problemas podem ser menores. Os administradores que buscam ter os dados financeiros atualizados conseguem tomar decisões mais rápidas e tem mais autonomia na tomada de decisão. 


Para dar suporte a toda essa análise e facilitar o processo analítico são usados alguns índices de liquidez, como liquidez seca, liquidez corrente, liquidez imediata e liquidez geral. Todos esses índices têm grande importância para o desenvolvimento das empresas, por exemplo todos utilizam como base o número 1, pois se o resultado for maior que 1 quer dizer que a empresa tem tranquilidade para quitar suas dívidas, já se o resultado for inferior a 1 a saúde financeira da empresa não está boa. Como exemplo, é possível mencionar um situação hipotética na qual os administradores traçam metas, usando como principal ferramenta os índices de liquidez e estipulam onde querem chegar. Ao iniciar o ano os gestores se atualizam com relação as expectativas macroeconômica do ano vigente, e consideram os dados históricos da empresa até o último ano e já propõe a meta que pode variar entre 1,5% a 2,5% no ano, porque alguns índices são de curto prazo e outros são de longo prazo, mas todos com o objetivo de trazer informações seguras para os administradores, onde se baseiam em toda tomada de decisão. Com certeza isso pode variar de acordo com o ramo de atividade, ou seja, é necessário considerar se a empresa é de serviços, comercial, industrial, etc. 


Enfim, na análise das demonstrações financeiras é importante o planejamento, acompanhamento e controle dos recursos, pois muitos empreendedores estão perdendo grandes negócios por conta de negligências simples que ferem os princípios contábeis e administrativos. Todos os empresários, sejam eles de grande ou pequeno porte precisam buscar ajuda de profissionais que possam contribuir na organização financeira da empresa, que façam uso das análises através dos índices e outras demonstrações financeiras como base e tenham como prioridade esses números na tomada de decisões.

          Kleydson Jurandir Gonçalves Feio - Economista/ Mestre e Doutorando em Economia

             Lucas Plinio Silva Santos - Estudante de Contabilidade da Faculdade UniBrasília

terça-feira, 7 de junho de 2022

Os Navios que Apagam “Incêndios” nas Lavouras do País


 Para a agricultura brasileira o assunto mais falado no primeiro trimestre do ano foi o fertilizante. Figura primordial na produção agrícola, se tornou a principal causa de preocupação entre agricultores de todo o país. Lembrando que o Brasil já vinha passando por uma crise com os fertilizantes desde o inicio da pandemia e com os confrontos entre Rússia e Ucrânia os problemas se agravaram.


A incerteza de uma importação e o desastre nas exportações levaram o país a criar o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), o projeto teve inicio no ano de 2021 e foi concretizado pelo Decreto 10.991 neste ano de 2022. O plano foi criado como estratégia para reduzir a dependência do Brasil em importar fertilizantes. O Plano contempla o repasse de conhecimento técnico relativo ao melhor aproveitamento dos fertilizantes na produção, fomento aos fabricantes, incentivos fiscais e diversas outras ações compiladas em, no mínimo, 80 metas a serem atingidas até o ano de 2050.


Na iminência da falta de fertilizantes uma força tarefa do governo brasileiro, visitou a Rússia, momentos antes desta declarar guerra contra a Ucrânia, fato este que causou estranheza aos menos esclarecidos, que acreditavam estar havendo um alinhamento entre o governo brasileiro e o russo, porém, como fruto da visita, verificou-se a chegada, ainda no mês de maio de 2022, de mais de 25 navios cargueiros gigantescos vindos da Rússia, trazendo a esperança que os agricultores precisavam para garantir a safra do próximo ano. Tratou-se de um ato estratégico e pontual, mas até quando o governo permanecerá apagando incêndios como este que causou um medo generalizado na classe produtora? 


A elaboração do Plano Nacional de Fertilizantes é uma ação louvável do governo no sentido de estancar o déficit de fertilizantes disponíveis à produção nacional e, ainda, positivamente, otimizar sua aplicação, o que sem dúvida, tem como resultado a diminuição dos custos gerais de produção. É um avanço significativo depois de anos de um completo esquecimento deste elo da cadeia do setor produtivo primário.


Oportunamente, é válido lembrar que, justamente, um elo, é o que faz com que uma corrente mantenha sua uniformidade e seja resistente e contínua, e quando um elo se parte, ou, apresenta um defeito, a corrente inteira poderá ser condenada a não se prestar a sua função determinada, assim é com o setor produtivo primário e com qualquer outro setor, como a indústria e os serviços. A questão dos fertilizantes é estratégica ao país e não pode ser resolvida com paliativos e ações procrastinatórias.


Com a relevância do Brasil no cenário atual da produção mundial de alimentos, é essencial que, diferentemente do posicionamento das autoridades que desenvolveram e apoiam o Plano Nacional dos Fertilizantes, o país deva ser autossuficiente na produção de fertilizantes, sejam eles advindos de qualquer tipo de tecnologia e destinados a qualquer aplicação.


Muitas ações são criadas no sentido de ajudar no avanço econômico brasileiro. Mas sempre surge posicionamentos pouco alinhado ao autodesenvolvimento, que mantém o país sempre ligado à economia de base agrária e ligado também à dependência de economias mais desenvolvidas que acabam por sugar nossas riquezas e mandar parte de nossos proventos para fora do país. É uma necessidade urgente mudar esta perspectiva, e entender que o Brasil pode e deve ser autossuficiente em qualquer setor, sobretudo no agronegócio, setor no qual somos referência mundial.

 

Kleydson Jurandir Gonçalves Feio - Economista/ Mestre e Doutorando em Economia

Johnson Queiroz Vilas Boas - Aluno de Contabilidade da Faculdade UniBrasília

Thaissa da Paixão Oliveira - Aluno de Contabilidade da Faculdade UniBrasília



REFERENCIAIS DE PESQUISA (acessos entre 30/05/2022 e 06/06/2022)

https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/governo-federal-lanca-plano-nacional-de-fertilizantes-para-reduzir-importacao-dos-insumos

 

https://www.gov.br/pt-br/noticias/agricultura-e-pecuaria/2022/03/governo-federal-lanca-plano-nacional-de-fertilizantes-para-reduzir-dependencia-do-produto-importado#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20Minist%C3%A9rio,para%20o%20produtor%20rural%20brasileiro.

 

https://www.siagri.com.br/fertilizantes-em-2022-mercado-manejo-plano-nacional-e-importacao/#:~:text=A%20principal%20causa%20atribu%C3%ADda%20para,origem%20russa%2C%20segundo%20a%20BBC.

 

https://in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.991-de-11-de-marco-de-2022-385453056

 

https://www.istoedinheiro.com.br/navios-com-fertilizante-russo/#:~:text=Pelo%20menos%2024%20navios%20transportando,pela%20Reuters%20nesta%20segunda%2Dfeira.

 

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2022/04/30/interna_politica,1363439/quase-30-navios-com-fertilizantes-russos-estao-prestes-a-chegar-ao-brasil.shtml

 

https://www.otempo.com.br/politica/governo/bolsonaro-afirma-que-26-navios-russos-chegaram-ao-brasil-com-fertilizantes-1.2669724

Precarização da oferta de alimentos no mundo

 A crise mundial de desabastecimento, que já é mais do que tensa em todo o planeta, ganha um novo capítulo com a situação na Ucrânia. Mesmo com grande parte das regiões produtoras de grãos da Ucrânia não tendo sido afetadas com a guerra, todos os principais portos do país estão bloqueados pela Rússia, e isso é um obstáculo para o fluxo normal do  comércio com com outras economias. Ademais, a invasão russa na Ucrânia causou diversos problemas para áreas como a dos combustíveis, assim uma outra commodity (são basicamente matérias-primas) relevante é prejudicada  neste conflito armado: o trigo.


Vale ressaltar que a Ucrânia é uma importante peça no tabuleiro do abastecimento de grãos e derivados ao redor do mundo, contribuindo com cerca de 42% de todo comércio global de óleo de girassol, 16% de toda a produção de milho, 10% de cevada e 9% de trigo. Outra situação agravante é que o Programa Mundial de Alimentos da ONU conta com cerca de 40% de todo trigo da Ucrânia para ser distribuído pelos países em situação de vulnerabilidade social e econômica. 


Apesar do país poder utilizar sua malha ferroviária para exportar as 20 milhões de toneladas de grãos paradas, novas colheitas acontecerão em semanas e a situação pode se tornar ainda mais complicada, gerando mais desabastecimento para os mercados globais. Haja vista que nos anos de 2022 e 2023, a Rússia deverá ser responsável por 20% da produção mundial de grãos, aumentando as suas vantagens em uma negociação com a Ucrânia e como mundo, assim como o gás e petróleo, do Kremlin contra a pressão do ocidente, o que já está em curso. Vale ressaltar que a Rússia negou o pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) de criação de um corredor de isolamento na Ucrânia para que os grãos produzidos no país invadido pudessem ser exportados, o que é um verdadeiro problema para países que necessitam desta oferta de alimentos. Para o Kremlin, este é um problema que será resolvido com a retirada das sanções econômicas impostas aos invasores, e com uma retratação por parte da Otan.

 

Em seu discurso via teleconferência no Fórum Econômico Mundial de Davos, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky afirmou ter 22 milhões de grãos em estoque no país e pediu ajuda para escoar os produtos para nações europeias. Mais ainda assim o contexto  da oferta de trigo não é suficiente, haja vista que ondas de calor tem afetado negativamente a produção em países como a Índia.


O governo americano planeja injetar US$ 2,1 bilhões para movimentar o setor alimentício no país que vem enfrentando uma série de problemas no abastecimento desde 2020, e o pacote de investimentos tenciona fortalecer as bases da indústria. O pacote visa aprimorar as áreas de produção, processamento, logística, além de melhorias gerais no setor. O projeto busca contemplar empresas de médio e pequeno porte, assim como frigoríficos e fazendas de produtos orgânicos. Com o advento da pandemia, a população procurou estocar alimentos gerando nos EUA sérios problemas de abastecimento, e isso somado a crise de insuficiência de demanda houve um aumento no nível geral de preço em uma proporção mundial. Um solução para este problema é o governo agir aumentando a diversificação da cadeia de suprimentos para aliviar a pressão da demanda.


Kleydson Jurandir Gonçalves Feio - Economista/ Mestre e Doutorando em Economia

Elias Miguel Árabe Neto - Aluno de Contabilidade da Faculdade UniBrasília

Gilmar de Oliveira  Júnior - - Aluno de Contabilidade da Faculdade UniBrasília

Karen Luiza de Souza - Aluna de Contabilidade da Faculdade UniBrasília



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.:

https://www.sna.agr.br/agronegocio/

https://www.cepea.esalq.usp.br/br/pib-do-agronegocio-brasileiro.aspx

https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/politica-agricola/comercializacao-e-abastecimento

https://www.gov.br/agricultura/pt-br

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Lançamento do Livro: Descomplicando a Economia do Setor Público (Adquira a sua versão digital gratuitamente)


O livro Descomplicando a Economia do Setor Público  trata do papel do governo no mundo moderno considerando a sua função precípua de contribuir para a produção de bens e serviços que promovam o bem-estar da coletividade, tais como: justiça, segurança, educação, saúde etc. A participação do setor público na economia busca atingir o equilíbrio econômico, trazendo para si a responsabilidade de corrigir as falhas de mercado e a equidade na distribuição dos bens e serviços produzidos pelo Estado. Assim, o livro aborda os motivos da intervenção do governo no sistema econômico, promovida, através das intervenções nos diversos seguimentos da economia ao longo do tempo. Além de apresentar algumas teorias contempladas pela economia com relação aos gastos públicos, bem como o contexto e os desafios que envolvem a arrecadação e o uso dos recursos públicos como ferramentas disponíveis, para que o governo alcance seus objetivos principais. O livro é indicado para o público em geral que tenciona iniciar e consolidar os seus conhecimentos sobre o setor público, bem como para alunos e professores de graduação e pós-graduação que desejam se atualizar.


Link para Acesso a versão digital gratuita: https://www.atenaeditora.com.br/post-ebook/5065


Autores:
Cícero Pereira Leal
José Antônio Rodrigues do Nascimento
Kleydson Jurandir Gonçalves Feio
Rogério Galvão de Carvalho




quinta-feira, 19 de maio de 2022

Brasil: O país que não fertiliza sua estratégia comercial e produtiva não terá fertilizantes para plantar




 

Brasil: O país que não fertiliza sua estratégia comercial e produtiva não terá fertilizantes para plantar

Uma das grandes discussões contemporâneas circunda o assunto envolvendo a produção e distribuição igualitária de alimentos pelo mundo, em que pese existirem, de um lado, produtores extremamente significativos como o Brasil, detentor de extensões de terras continentais e com alta capacidade de produção, e de outro lado, países que por questões geográficas, climáticas e econômicas não produzem alimentos de forma expressiva dependendo dos grandes produtores para suprir suas necessidades. Mas o que ocorre quando um grande produtor é impactado por algum fator que o impossibilita de manter o nível de produção? Tudo indica que o Brasil será afetado por uma tormenta nesse sentido em breve, decorrente de complicações envolvendo países como China em crise energética, Belarus em crise política e Rússia em guerra com a Ucrânia e sob sanções políticas e econômicas.

O Brasil é o 4° maior importador de fertilizantes do mundo, cerca de 85% do fertilizante utilizado na agricultura do país é advindo de outros países, sendo Rússia e China os maiores exportadores do insumo agrícola para o país, tornando o Brasil quase totalmente dependente de importações, pois, o custo de produção de fertilizantes nacionais sempre se apresentou muito alto, o que culminou pela falta de interesse do governo em projetos de produção nacional. As fábricas de fertilizantes da Petrobrás eram responsáveis por cerca de 30% da produção de fertilizantes no Brasil, porém a empresa anunciou sua retirada do setor de fertilizantes em 2019, para atuar apenas no seu core business, que é o petróleo e gás, desativando suas fábricas pelo país a partir de 2016 e paralisando projetos em andamento como em Três Marias/MS e a planta de amônia em Uberaba/MG.

Segundo especialistas, o Brasil corre risco econômico, por ser um dos grandes exportadores de grãos e, ao mesmo tempo, ser quase que totalmente dependente de importações de insumos agrícolas. Na falta de fertilizantes no campo a produção de grãos será impossibilitada, consequentemente impactará as exportações e também a disponibilidade de alimentos na mesa dos brasileiros, além de levar a economia do país a níveis críticos, já que o agronegócio é responsável por manter a economia brasileira em situação aceitável. Com os conflitos entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, tornou-se inviável a importação de insumos agrícolas do país liderado por Putin, deixando o Brasil em situação preocupante à procura, e a mercê, de outros países que possam suprir a necessidade tão emergente. Com a crise geral que o mundo vem enfrentando, vários países que eram exportadores de fertilizantes, acabaram por cessar as cotações e o oferecimento do produto aos interessados, por medo de não conseguirem produzir a quantidade necessária para uso próprio e para exportação, como, por exemplo, a China vem agindo, resguardando parte de sua produção, já que é, ao mesmo tempo, exportadora de fertilizantes e grande consumidora, por ter uma das maiores produções agrícolas do mundo.

Além disso, o aumento pela procura, não só do Brasil, mas de vários outros países pelo insumo, tornou seus preços muito instáveis e oscilantes, forçando-os, consequentemente, para cima. Claro, que para os produtores de alimento na ponta, ou seja, os agricultores, principalmente, os valores dos fertilizantes terão impacto, porém o incremento nos custos será repassado ao preço final dos produtos, tendo um impacto considerável no bolso dos brasileiros, que sentirão com o aumento elevado dos preços dos alimentos, o que já vem acontecendo progressivamente. Contudo, esse impacto do fertilizante na economia brasileira poderia ser diminuído caso o governo tivesse a iniciativa de dar apoio a produção de fertilizantes no país, visto tratar-se de insumo tão estratégico ao agronegócio nacional e tão dependente de poucos fornecedores. É necessário um enfoque governamental na atitude emergencial de fomentar a produção de insumos estratégicos à economia nacional, somente assim serão evitados cenários perturbadores como o que se vislumbra e que, novamente, coloca em dificuldade a população brasileira, que verá o alimento encarecer e, consequentemente, a inflação roer o suado ganho do cidadão, e de sobra, ainda sofrerão as consequências econômicas indiretas advindas da diminuição da expressividade do país no cenário internacional, enquanto exportador de alimentos, que trazem divisas tão importantes à nação.

Kleydson J. G. Feio
Graduado em Economia e Administração
Mestre e Doutorando em Economia

Thaissa da Paixão Oliveira - Estudante de Contabilidade da Fac. Unibrasília

Johnson Queiroz Vilas Boas -  - Estudante de Contabilidade da Fac. Unibrasília

REFERENCIAIS DE PESQUISA (acessos entre 29/03/2022 e 18/04/2022)
https://fup.org.br/saida-da-petrobras-do-setor-de-fertilizantes-aumentou-dependencia-das-
importacoes-da-russia/#:~:text=Posicionamentos%20da%20Petrobr%C3%A1s%20sobre%20fertilizantes&tex
t=Possu%C3%ADmos%20mais%20duas%20f%C3%A1bricas%3A%20a,mil%20toneladas%
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