sexta-feira, 20 de maio de 2022

Lançamento do Livro: Descomplicando a Economia do Setor Público (Adquira a sua versão digital gratuitamente)


O livro Descomplicando a Economia do Setor Público  trata do papel do governo no mundo moderno considerando a sua função precípua de contribuir para a produção de bens e serviços que promovam o bem-estar da coletividade, tais como: justiça, segurança, educação, saúde etc. A participação do setor público na economia busca atingir o equilíbrio econômico, trazendo para si a responsabilidade de corrigir as falhas de mercado e a equidade na distribuição dos bens e serviços produzidos pelo Estado. Assim, o livro aborda os motivos da intervenção do governo no sistema econômico, promovida, através das intervenções nos diversos seguimentos da economia ao longo do tempo. Além de apresentar algumas teorias contempladas pela economia com relação aos gastos públicos, bem como o contexto e os desafios que envolvem a arrecadação e o uso dos recursos públicos como ferramentas disponíveis, para que o governo alcance seus objetivos principais. O livro é indicado para o público em geral que tenciona iniciar e consolidar os seus conhecimentos sobre o setor público, bem como para alunos e professores de graduação e pós-graduação que desejam se atualizar.


Link para Acesso a versão digital gratuita: https://www.atenaeditora.com.br/post-ebook/5065


Autores:
Cícero Pereira Leal
José Antônio Rodrigues do Nascimento
Kleydson Jurandir Gonçalves Feio
Rogério Galvão de Carvalho




quinta-feira, 19 de maio de 2022

Brasil: O país que não fertiliza sua estratégia comercial e produtiva não terá fertilizantes para plantar




 

Brasil: O país que não fertiliza sua estratégia comercial e produtiva não terá fertilizantes para plantar

Uma das grandes discussões contemporâneas circunda o assunto envolvendo a produção e distribuição igualitária de alimentos pelo mundo, em que pese existirem, de um lado, produtores extremamente significativos como o Brasil, detentor de extensões de terras continentais e com alta capacidade de produção, e de outro lado, países que por questões geográficas, climáticas e econômicas não produzem alimentos de forma expressiva dependendo dos grandes produtores para suprir suas necessidades. Mas o que ocorre quando um grande produtor é impactado por algum fator que o impossibilita de manter o nível de produção? Tudo indica que o Brasil será afetado por uma tormenta nesse sentido em breve, decorrente de complicações envolvendo países como China em crise energética, Belarus em crise política e Rússia em guerra com a Ucrânia e sob sanções políticas e econômicas.

O Brasil é o 4° maior importador de fertilizantes do mundo, cerca de 85% do fertilizante utilizado na agricultura do país é advindo de outros países, sendo Rússia e China os maiores exportadores do insumo agrícola para o país, tornando o Brasil quase totalmente dependente de importações, pois, o custo de produção de fertilizantes nacionais sempre se apresentou muito alto, o que culminou pela falta de interesse do governo em projetos de produção nacional. As fábricas de fertilizantes da Petrobrás eram responsáveis por cerca de 30% da produção de fertilizantes no Brasil, porém a empresa anunciou sua retirada do setor de fertilizantes em 2019, para atuar apenas no seu core business, que é o petróleo e gás, desativando suas fábricas pelo país a partir de 2016 e paralisando projetos em andamento como em Três Marias/MS e a planta de amônia em Uberaba/MG.

Segundo especialistas, o Brasil corre risco econômico, por ser um dos grandes exportadores de grãos e, ao mesmo tempo, ser quase que totalmente dependente de importações de insumos agrícolas. Na falta de fertilizantes no campo a produção de grãos será impossibilitada, consequentemente impactará as exportações e também a disponibilidade de alimentos na mesa dos brasileiros, além de levar a economia do país a níveis críticos, já que o agronegócio é responsável por manter a economia brasileira em situação aceitável. Com os conflitos entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, tornou-se inviável a importação de insumos agrícolas do país liderado por Putin, deixando o Brasil em situação preocupante à procura, e a mercê, de outros países que possam suprir a necessidade tão emergente. Com a crise geral que o mundo vem enfrentando, vários países que eram exportadores de fertilizantes, acabaram por cessar as cotações e o oferecimento do produto aos interessados, por medo de não conseguirem produzir a quantidade necessária para uso próprio e para exportação, como, por exemplo, a China vem agindo, resguardando parte de sua produção, já que é, ao mesmo tempo, exportadora de fertilizantes e grande consumidora, por ter uma das maiores produções agrícolas do mundo.

Além disso, o aumento pela procura, não só do Brasil, mas de vários outros países pelo insumo, tornou seus preços muito instáveis e oscilantes, forçando-os, consequentemente, para cima. Claro, que para os produtores de alimento na ponta, ou seja, os agricultores, principalmente, os valores dos fertilizantes terão impacto, porém o incremento nos custos será repassado ao preço final dos produtos, tendo um impacto considerável no bolso dos brasileiros, que sentirão com o aumento elevado dos preços dos alimentos, o que já vem acontecendo progressivamente. Contudo, esse impacto do fertilizante na economia brasileira poderia ser diminuído caso o governo tivesse a iniciativa de dar apoio a produção de fertilizantes no país, visto tratar-se de insumo tão estratégico ao agronegócio nacional e tão dependente de poucos fornecedores. É necessário um enfoque governamental na atitude emergencial de fomentar a produção de insumos estratégicos à economia nacional, somente assim serão evitados cenários perturbadores como o que se vislumbra e que, novamente, coloca em dificuldade a população brasileira, que verá o alimento encarecer e, consequentemente, a inflação roer o suado ganho do cidadão, e de sobra, ainda sofrerão as consequências econômicas indiretas advindas da diminuição da expressividade do país no cenário internacional, enquanto exportador de alimentos, que trazem divisas tão importantes à nação.

Kleydson J. G. Feio
Graduado em Economia e Administração
Mestre e Doutorando em Economia

Thaissa da Paixão Oliveira - Estudante de Contabilidade da Fac. Unibrasília

Johnson Queiroz Vilas Boas -  - Estudante de Contabilidade da Fac. Unibrasília

REFERENCIAIS DE PESQUISA (acessos entre 29/03/2022 e 18/04/2022)
https://fup.org.br/saida-da-petrobras-do-setor-de-fertilizantes-aumentou-dependencia-das-
importacoes-da-russia/#:~:text=Posicionamentos%20da%20Petrobr%C3%A1s%20sobre%20fertilizantes&tex
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